blog do Charliton

No início da tarde desta segunda, aconteceu mais um incidente que abalou o bairro da Vila São João. Um assassinato a sangue frio na avenida Euclides da Cunha, próximo ao colégio SOBEC. Vítima? Um carroceiro ainda não identificado foi alvejado por três tiros disparados por um "fulano de tal" que também ainda não foi identificado. Algo chocante ainda mais nas condições que ocorreu o incidente, as 16hrs no horário da saída escolar da turma do infantil, e com a vítima em seu horário de trabalho, montando sua humilde carroça movida pela força de um belo cavalo de carga.

Isso mesmo, os tiros foram dado enquanto a vítima estava guiando sua carroça em uma avenida movimentada, em horário escolar e com uma chuva fina, que fez a poça de sangue se extender por alguns metros a mais, o que deixou a cena ainda mais forte.

Eu, no alto de minha discrição, não busquei informações sobre o ocorrido, mas algo neste incidente, me chamou a atenção: por que matar um simples carroceiro?
Essa pergunta me fez pedi o auxilio do meu pai, com sua grande experiência ele poderia solucionar este caso, mais rápido do que Molina no caso do PC Farias, e sem auxílio técnico e fotográfico.

E a resposta, foi no mínimo cômica, vejam vocês mesmo:


- Pai? Tu sabe de algo sobre a morte do carroceiro ali em frente hoje?
- Sei muita coisa não filho, mas acredito que foi a Máfia do Cavalo.
- QUE!? MÁFIA DO CAVALO!?
- Claro que foi, essa máfia é foda, o cara compra os cavalos e não paga, isso que dá...


Agora pensem, qual a serventia de construir um grupo armado e violento, para fazer a sua suposta "cobrança" na compra de cavalos urbanos, chefiada por um grupo de criminosos denominados "MÁFIA DO CAVALO"?

Não sei de quem sinto mais pena, do cavalo que será devolvido aos cobradores, do homem morto em pleno exercício de sua atividade semi-urbana, ou do meu pai que anda ficando velho fantasiando histórias milaborantes que nem mesmo sobe a direção de Quentin Tarantino ou Daniel Filho, seriam indicadas ao Oscar da categoria.